Watson o
supercomputador que vai erradicar o câncer
O supercomputador está sendo desenvolvido pela IBM em parceria
com os EUA. Sua concepção é a mesma do filme Elysium.
Para aqueles que têm acompanhado o blog, já deve
ter lido minha análise sobre o filme Elysium. Se
você não leu clique aqui. Mas fazendo apenas um resumo, no
filme o tema central é o protagonista chamado Max, tentando achar a cura em Elysium que
é uma espécie de estação espacial orbitando a terra.
Em Elysium existe
uma super máquina que cura qualquer doença, até o câncer. Eis então que a
ficção se torna realidade. A IBM, uma das maiores companhias de informática do
mundo, decidiu também adotar a ideia e em parceria com o centro MD Anderson
Câncer Center, da Universidade do Texas, prometem erradicar 8 formas de câncer.
O projeto da IBM tem
recebido enormes investimentos desde o ano passado. Apenas alguns valores, as
pesquisas nesse campo já têm US$ 139 milhões. O responsável por fazer essa
pesquisa realidade é um supercomputador chamado Watson.
O supercomputador Watson, desenvolvido pela IBM, não tem apenas
processado trilhões de dados; “ela está aprendendo e entendendo os caminhos de
diagnósticos e opções de tratamento”, diz Manoj Sexena, diretor geral da IBM Watson
Solutions.
Watson
Muitos não acreditam que estamos longe de que os
computadores consigam interpretar e compreender o ser humano. Pense novamente.
O Watson vai conseguir fazer isso. Ao executar o software IBM DeepQA, o
supercomputador é capaz de ler cargas colossais de dados.
Analisamos
dados desde o crescimento até o florescimento de tipos de câncer”, diz Cindy
Farach-Carson, vice-presidente de pesquisas da Universidade de Rice (parceria
das pesquisas).
Na prática
Watson, justamente por poder processar blocos
complexos de informações e conseguir assim “entender o que dizem os dados”, já
tem fornecido soluções em medicina. Na prática, a incrível máquina é capaz de
criar um leque de possibilidades a partir de uma determinada constatação e
informar, rapidamente, como uma doença pode se desdobrar.
Exemplo desta capacidade foi a medida executada
pelo médico Courtney DiNardo, um dos participantes do projeto piloto de
recomendações de tratamento. Há poucos meses, uma das pacientes do voluntário
foi apontada por Watson como forte candidata ao desenvolvimento de uma séria
complicação durante seu tratamento contra a leucemia (chamada de síndrome de
lise tumoral).
A tecnologia de indicações do computador alertou
DiNardo, que de pronto aplicou um tratamento de prevenção à tal síndrome –
evitando quaisquer complicações renais ou cardíacas à paciente leucêmica.
Chamado de MD Anderson’s Oncology Expert Advisor (ou OEA), este projeto é
“muito mais preciso, uma vez que se baseia em evidências”, conforme explica o
doutor Courtney DiNardo.
Futuro
O supercomputador Watson ainda está em estado de
aperfeiçoamento. Mas, de acordo com Steve Gold, vice-presidente da IBM, por usar uma
tecnologia baseada em nuvem e, portanto, bastante avançada, é possível que
vejamos centrais automatizadas de recomendações de tratamento nos hospitais de
todo o mundo dentro de alguns anos.
Em 2011, Watson
usava 90 servidores para armazenar 15 terabytes, disse Gold em referência ao
espaço físico anteriormente necessário à máquina.
Agora, [ele] é muito mais acessível (pois
utiliza os serviços de nuvem) e funciona em uma velocidade 240 vezes maior ‘do
que quando estava integrado aos servidores sólidos, esclareceu o executivo.
Atualmente, os servidores da IBM têm o tamanho de uma caixa de pizza – algo que
faz desta poderosa tecnologia um recurso potencialmente acessível aos centros
médicos sem grandes alterações de infraestrutura. No futuro, nossos filhos
vão olhar para trás e dizer:
Não posso
acreditar que vocês costumavam usar quimioterapia e sentar-se ao telefone por
20 minutos à espera de ajuda.
Este é o tipo de tecnologia que vai mudar a
forma com o que os médicos usam os fatos como parte de suas decisões
cotidianas, emplacou Gold em promissor e otimista comentário.