O CASO MANTELL!
Colaboração: MistériosdoMundo
Quando se fala em ufologia, poucos se
lembram de um dos casos mais fantásticos envolvendo supostos OVNIs e
aviões militares. Com o passar dos anos, o fato caiu no esquecimento.
Em
1948, centenas de pessoas assistiam atônitas, a perseguição de um
objeto voador não identificado por uma patrulha de caças americanos.
Infelizmente, com um desfecho trágico para o seu líder, o capitão Thomas
F. Mantell. Fato que ficou historicamente conhecido como o “Caso
Mantell”.
Thomas Mantell |
No final da manhã de 07 de fevereiro de
1948, um estranho objeto foi avistado cruzando vagarosamente os céus do
estado americano de Kentucky. Por volta das 13:00, pessoas assustadas
começaram a ligar para a polícia da cidade de Marsiville, mas logo
depois começariam as ligações também para as autoridades das cidades de
Irvington e Owensboro.
Calmamente, o
estranho objeto seguia rumo ao Fort Knox, importante depósito do tesouro
americano. Por volta das 13h:15min foi detectado nos radares da Base
Aérea de Godman. Imediatamente foi dado o alarme. As 13:45, o sargento
Quinton Blackwell viu, através de binóculos, o objeto da sua torre de
observação, no Fort Knox. Duas outras testemunhas na torre também viram o
OVNI. Segundo eles, o objeto era muito branco, do tamanho de um quarto
da Lua cheia. Aparentava ter uma borda vermelha e deixava uma névoa
esverdeada em seu rastro. Ele ficou parado na região por cerca de uma
hora e meia, fazendo várias manobras.
Uma
hora depois das primeiras aparições, uma esquadrilha de quatro caças
F-51D Mustangs, da Guarda Aérea Nacional, liderados pelo experiente e
condecorado piloto de guerra, o capitão Thomas Mantell, regressava de um
rotineiro voo de exercícios na região. O controlador de terra notificou
a esquadrilha sobre a presença do estranho objeto entre as nuvens da
região. Pediu-lhes para iniciarem uma abordagem. De imediato, um dos
pilotos informou ter pouco combustível e pediu autorização para pousar.
Os demais iniciaram a perseguição.
Em
pouco tempo, conseguiram avistar o objeto, mas naquela distância era
impossível identificá-lo precisamente. Devido à altitude que atingiam
durante a perseguição, e a falta de oxigênio, os outros dois pilotos
também pediram autorização para abortar a missão. Ao atingirem 6.900
metros e com os aviões apresentando panes elétricas, os outros dois
pilotos, ambos tenentes, Albert Clemmons e Hammond, têm os seus pedidos
atendidos.
Imagem meramente ilustrativa |
O capitão Mantell, um
piloto que já provara a sua bravura durante os desembarques Aliados na
Normandia durante a Segunda Guerra Mundial, decidiu continuar a
perseguição. Ele continuou subindo e se aproximando do objeto não
identificado. Pouco tempo depois, os controladores em terra ainda o
ouviram dizer excitado: “O objeto está diretamente à frente e acima de
mim agora, movendo-se a cerca de metade da minha velocidade… Ele parece
ser um objeto de metal ou, possivelmente, o reflexo do Sol em algum
objeto metálico e é de tamanho enorme… Eu ainda estou subindo… Estou
tentando me aproximar para ver melhor…”
Na
sequência, o silêncio. Eram 15:15. Para o espanto de várias testemunhas
que acompanhavam a cena, abruptamente o caça de Mantell mudava a
trajetória e iniciava um mergulho em espiral até se chocar contra o
solo. Uma hora depois, as autoridades encontram os destroços do avião
próximo a uma fazenda, ao sul da cidade de Franklin, no estado do
Tennessee. O corpo de Mantell estava decapitado. Segundo fontes não
oficiais, ele apresentava ainda uma série de perfurações minúsculas,
ferimentos totalmente incomuns em vítimas de acidentes aéreos. Seu
relógio parara às 15h18, três minutos depois do último contato com a
base. A perseguição durara quase 100 km. Meia hora depois, o OVNI foi
visto em outra região do Tennessee.
No
outro dia, jornais de todo os país noticiavam o caso em suas primeiras
páginas. Um periódico de grande circulação no estado de Kentcky chegou a
estampar uma suposta guerra interplanetária em sua capa. A manchete
dizia com letras garrafais: “O avião de Mantell foi desintegrado pelo
raio da morte dos marcianos”. Exageros à parte, a população estava
assustada.
O caso foi logo investigado pelo Projeto
Sing, um departamento recentemente criado para averiguar fenômenos
ufológicos. Mas nunca chegaram a uma conclusão definitiva.
Por
sua vez, investigadores da Força Aérea Americana inicialmente
concluíram que a causa do acidente foi o fato de Mantell ter confundido a
suposta nave com o planeta Vênus. Ao atingir uma altitude excessiva,
faleceu por anoxia (falta de oxigênio). Tal conclusão gerou indignação
entre os companheiros de Thomas Mantell, pois seria impossível um piloto
como ele, um herói de guerra, cometer tamanho erro. Questionaram também
sobre a impossibilidade de se confundir um objeto nos céus com Vênus,
dado o horário do ocorrido, sem contar o fato de que um planeta não
seria detectado pelos radares da região.
Posteriormente,
as autoridades mudaram a versão, trocando Vênus por um dos secretos
balões meteorológicos Skyhook, da Marinha Americana. Mas tal suposição
foi facilmente rebatida, já que nenhum desses balões foi lançado naquele
dia, na região. O relatório final da Força Aérea consta como
indeterminada a causa do acidente, “sendo provável uma ação externa para
a queda da aeronave”.
Tiago Szast
facebook.com/tiagoroberto.szast